Jornal do Commercio
- 13/08/2015
O acordo definido nessa quarta-feira prevê que o aumento
individual deve oscilar entre 16,5% e 41,47%
Objetivo dos servidores é derrubar o veto da presidente
Dilma ao primeiro projeto de lei que trata do aumento de 53% a 78,56%
Servidores do Poder Judiciário no Distrito Federal (DF)
decidiram nesta quinta-feira (13) continuar em greve. Eles rejeitaram uma nova
proposta de reajuste da categoria, definida na quarta (12) entre o Supremo
Tribunal Federal (STF) e o Ministério do Planejamento, que prevê reajuste de
até 41,47%.
Segundo o coordenador-geral do Sindicato dos Trabalhadores
do Poder Judiciário do Distrito Federal (Sindjus), José Rodrigues Costa, o
objetivo dos servidores é derrubar o veto da presidente Dilma Rousseff ao
primeiro projeto de lei que trata do aumento dos trabalhadores do Judiciário,
aprovado em junho no Senado, e que previa um reajuste entre 53% e 78,56%.
“A mobilização, a partir de agora, é no Congresso Nacional,
demonstrando com documentos e fundamentando com dados a necessidade de manter o
reajuste definido anteriormente”, disse Rodrigues.
Ele ressaltou que os sindicatos vão pedir ao presidente do
STF, ministro Ricardo Lewandowski, que só envie o novo projeto de lei ao
Congresso após o veto ser apreciado.
O acordo definido nessa quarta-feira prevê que o aumento
individual deve oscilar entre 16,5% e 41,47%, a ser pago em oito parcelas
semestrais, a partir de janeiro de 2016. De acordo com Ministério do
Planejamento, o impacto total do aumento será de R$ 5,9 bilhões.
A Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal
e Ministério Público da União (Fenajufe) divulgou nota na qual alega que o
acordo entre Executivo e STF foi feito sem “qualquer consulta” aos servidores e
que não contempla a demanda da categoria pela reposição das perdas
inflacionárias “acumuladas desde 2006”.