Alessandra Horto
O Dia - 26/11/2015
Servidores administrativos da Advocacia-Geral da União (AGU)
e da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) promoveram ontem o dia
nacional de luta. A maior concentração foi registrada em Brasília, com
protestos em frente ao bloco C do Ministério do Planejamento. Também ocorreram
mobilizações locais no Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia, Goiás e demais
estados.
Os administrativos exigem do governo a divulgação dos
detalhes do projeto de lei que vem sendo discutido internamente e que trata da
carreira dos servidores. Eles também pressionam pela definição de uma data para
apresentação do texto ao Congresso Nacional.
Ao tomar conhecimento da manifestação dos servidores no
Ministério do Planejamento, o secretário de Relações do Trabalho da pasta,
Sérgio Mendonça, recebeu representantes dos administrativos da AGU. Segundo
ele, há algumas divergências entre a pasta e o órgão. E, por isso, ainda não há
possibilidade de apresentar para a categoria o que está na mesa de negociação.
Mendonça se comprometeu em convocar os representantes da
categoria quando tomar conhecimento de todo o documento. O governo estipulou
que enviará todos os projetos que têm impacto no Orçamento de 2016 até o dia 18
de dezembro.
MEDO DE ADIAMENTO
Além da apreensão de não saber ao certo o conteúdo do texto,
os servidores da AGU e da procuradoria também foram surpreendidos com a
divulgação de um suposto adiamento dos reajustes de agosto para dezembro de
2016. A proposta ronda em alguns setores da equipe econômica, mas o governo
ainda não confirmou a mudança.
PROMESSA DE GREVE
Mesmo não reconhecendo a possível mudança, o funcionalismo
ficou apreensivo com a chance de ver o reajuste adiado mais uma vez. O
secretário-geral da Condsef, Sérgio Ronaldo, já antecipou que se houver
mudança, uma onda de greves será deflagrada em 2016: “Seria total falta de
respeito com o funcionalismo. Faríamos greve ainda maior que a de 2012”.