quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Faltam servidores no Esporte

Autor(es): Mariana Branco
Correio Braziliense - 08/10/2009


Ministério responsável por ajudar a organizar a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos está desaparelhado e enfrenta dificuldades para montar equipes


Criado como uma pasta autônoma na gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e fortalecido por conquistas como os Jogos Pan-Americanos, a Copa de 2014 e, mais recentemente, pela escolha do Rio de Janeiro como sede das Olimpíadas de 2016, o Ministério do Esporte tem carência de infraestrutura própria de servidores e tem atuado com equipes terceirizadas e com funcionários de outras áreas da administração federal. O órgão realizou o seu primeiro concurso público — já com atraso — em novembro do ano passado, e, às vésperas de a seleção completar um ano, os 94 aprovados ainda não foram nomeados.

O concurso para prover vagas e formar cadastro de reserva teve cargos de nível médio e superior. As oportunidades para candidatos com nível superior foram para as seguintes: administrador (6), arquivista (2), assistente social (1), bibliotecário (1), contador (4), economista (2), engenheiro (2), estatístico (2), médico (2), psicólogo para área clínica e organizacional (1 vaga para cada), sociólogo (2) e técnico de nível superior (38). Para nível médio, foram 22 vagas. O campo técnico superior, que levou a maioria das vagas para candidatos graduados, exige formação em cursos como educação física e turismo, para trabalho em projetos envolvendo questões de inclusão social, desenvolvimento econômico e estratégia, entre outras. Os salários iniciais oferecidos foram de R$ 2.738,87 para nível superior e de R$ 2.088,87 para nível médio.

Atraso

O
Ministério do Planejamento autorizou os primeiros cargos para a pasta do Esporte em dezembro de 2007. A partir de então, começou a correr o prazo para realização do exame até junho de 2008. No entanto, como o edital não ficou pronto em tempo hábil, o período foi prorrogado e as provas para selecionar 94 efetivos acabaram ocorrendo somente em novembro do ano passado. O resultado foi homologado em março deste ano e os exames médicos foram feitos pelos aprovados em agosto.



A nomeação, prevista para setembro, não ocorreu. Procurada pelo Correio, a
Secretaria de Recursos Humanos do Ministério do Esporte reconheceu o atraso e atribuiu o problema à ausência de infraestrutura para receber os novos servidores. A pasta utilizou, por exemplo, serviços do Ministério da Agricultura para os exames médicos dos aprovados, e ficou condicionada ao agendamento por parte de outro órgão. A Secretaria reiterou, entretanto, que o processo está dentro do prazo — já que o concurso tem validade de um ano, prorrogável por mais um — e deu previsão de realização das nomeações para até o fim de outubro. Ainda segundo a Secretaria de Recursos Humanos, o andamento das nomeações está em fase final, na assessoria jurídica do ministério.

Formado em educação física, Rogério Gedeon de Araújo foi um dos aprovados na primeira seleção do Ministério do Esporte. Ele se candidatou ao cargo de técnico de nível superior, e ficou em 27° lugar. De acordo com ele, os candidatos se organizaram para pedir a nomeação. “Estamos atuando em conjunto. Conheço gente de outros estados que se mudou para Brasília há meses esperando tomar posse logo”, diz.



O número

R$ 2.738
Salário máximo oferecido aos ocupantes de cargos que exigem nível superior

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