quinta-feira, 8 de outubro de 2009

''No controle do gasto público, é melhor pecar pelo excesso''

Autor(es): Daniel Bramatti
O Estado de S. Paulo - 08/10/2009



Para o economista Adriano Biava, especialista em contas públicas e professor da Universidade de São Paulo (USP), o governo erra ao pressionar os sistemas de controle de gastos públicos no País, como o Tribunal de Contas da União.Como o senhor vê a tendência de o governo apontar os sistemas de fiscalização de gastos e obras como um entrave ao desenvolvimento?Se o governo pretende realizar gastos que não atendem aos requisitos legais, nada mais justo e necessário que um órgão encarregado de fiscalizar aponte isso. O governo deve se direcionar para corrigir os erros.É preciso mudar a Lei de Licitações?Quando se trata de regulamentação do gasto público, é melhor pecar pelo excesso do que pela liberalidade. A lei veio para reduzir ou eliminar vários problemas do passado. Ela pode ser aprimorada, mas não se deve facilitar o gasto público.O presidente Lula já disse que, no Brasil, a máquina de fiscalização é mais poderosa que a máquina de execução. O senhor concorda?Os dois setores têm papéis complementares. O governo deveria executar bem e os sistemas de controle deveriam fiscalizar bem. O Tribunal de Contas da União, por exemplo, é uma entidade tão essencial quanto o Executivo.

Share This

Pellentesque vitae lectus in mauris sollicitudin ornare sit amet eget ligula. Donec pharetra, arcu eu consectetur semper, est nulla sodales risus, vel efficitur orci justo quis tellus. Phasellus sit amet est pharetra