UnB Agência - 09/06/2011
Representantes do sindicato dos servidores acreditam no poder de interlocução da administração superior da universidade junto aos ministérios
O Comando de Greve do Sintfub procurou o reitor José Geraldo de Sousa Junior para pedir apoio às reivindicações da categoria. “Viemos solicitar que o reitor faça a interlocução junto ao MEC, MPOG e Andifes para que o governo abra as negociações”, explicou Antônio Guedes, um dos coordenadores gerais do Sintfub e membro do Comando de Greve. “É interesse da categoria, da instituição e da sociedade que isso seja resolvido o quanto antes”.
O reitor prometeu levar a pauta para a reunião da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), na semama que vem, em São Paulo. “Como se trata de política salarial e de direitos, é preciso ver qual o grau de pertinência e de integração às ações que o governo deve desencadear nesse campo”, explicou José Geraldo. “O trabalhador deve ter atualização do seu poder de aquisição pelo salário e solucionar as questões pendentes da implantação de suas carreiras”. Para o reitor a pauta é legítima, mas ele defende que uma análise mais profunda determine se é “economicamente viável e politicamente realizável”.
Para a decana de Gestão de Pessoas, Gilca Starling, o reitor pode auxiliar na sensibilização dos órgãos responsáveis por atender às reivindicações, como o Ministério da Educação (MEC) e do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG). “A Administração Superior da Universidade de Brasília entende a pauta dos servidores como justa”, diz. Ela explicou que a UnB, uma das 10 maiores universidades do país, tem o menor salário do executivo federal. “Nós fazemos concurso, mas não conseguimos manter o servidor aqui”, completa.
O piso da categoria é R$ 1.034,59. A reivindicação é que seja de três salários mínimos, o que elevaria o valor para R$ 1.635,00. “Essa greve é nacional. O governo conhece a nossa pauta de reivindicações desde 2007”, conta Mauro Mendes, coordenador geral do sindicato. “Só neste ano, foram quatro reuniões e o governo não apresentou nenhuma proposta concreta para a categoria”.