Revista Consultor Jurídico -
25/10/2011
“Esbravejam a Ajufe e Anamatra, sob o fundamento de que
existem servidores que ganham mais que Juízes e Procuradores, sem, no entanto,
esclarecer o percentual de servidores nessa situação, que na realidade
correspondem a uma minoria de aproximadamente 3%”. A consideração foi feita
feita pela Associação Nacional dos Analistas do Poder Judiciário e do
Ministério Público da União e pelo Sindicato Nacional dos Analistas do Poder
Judiciário e do Ministério Público da União, em nota divulgada nesta
terça-feira (25/10).
O presidente da Associação Nacional dos Magistrados
Trabalhistas (Anamatra), Renato Henry Sant’Anna, declarou em nota ser
“absolutamente incompreensível a priorização da defesa do plano de cargos e
salários dos servidores do Judiciário, meio indireto de buscar aumento de
vencimentos”. Ele disse, ainda, que “é certo que hoje muitos são os servidores
em todos os ramos do Judiciário da União que recebem remuneração superior a dos
próprios ministros do Supremo Tribunal Federal”.
Anajus e Sinajus refutaram a ideia do índice único de
reajuste para servidores e juízes e defenderam o Plano de Cargos e Salários. As
entidades contam que “salvo possíveis ilegalidades não investigadas, esses
servidores mais antigos adquiriram o direito às incorporações por força de lei,
corroboradas judicialmente, à semelhança de muitos magistrados e procuradores
federais que também as possuem em seus contracheques”.
De acordo com a nota, a carreira de nível superior do Poder
Judiciário é a que recebe a menor remuneração do serviço público federal.
Começa-se ganhando R$ 6 mil e, após 15 anos, o valor salta para R$ 10,4 mil,
“enquanto as carreiras similares dos Poderes Executivo e Legislativo giram em
torno de R$ 13 mil a R$19,8 mil”, diz o comunicado. As entidades lembram que os
valores estão abaixo do subsídio inicial da magistratura, que é de R$ 21,7 mil.
Com informações da Assessoria de Comunicação da Anajus e da
Sinajus.