BSPF - 12/10/2013
Na Câmara, serão economizados R$ 70 milhões anualmente com o
corte dos supersalários da Casa
Brasília - A Câmara dos Deputados deve cortar, a partir do
pagamento deste mês, o salário de 1.366 servidores que recebem acima do teto
constitucional de R$28 mil. O corte representará uma economia de pelo menos R$
70 milhões por ano aos cofres da Câmara. O presidente da Câmara, Henrique Alves, deve submeter o
corte ao crivo da Mesa Diretora da entidade na próxima terça-feira
Segundo dados da Casa, a medida atinge 676 servidores ativos
e 690 servidores aposentados. O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves
(PMDB-RN), deve submeter o corte ao crivo da Mesa Diretora na terça-feira. A
expectativa é que seja confirmado pelos outros integrantes do comando da Casa.
A redução dos "supersalários" atende determinação
do Tribunal de Contas da União (TCU), que estabeleceu um prazo até novembro
para que a medida fosse adotada. Em 2010, o Tribunal iniciou uma auditoria na
Câmara e no Senado devido aos supersalários dos servidores que continuavam
recebendo acima do teto dos servidores públicos que vigora desde 2004.
O entendimento da Câmara é que diferentes tipos de
remuneração - como salários e gratificações - não se somavam e que só poderia
haver abatimento se alguma delas passasse do teto. Isso fazia com que 1.111
pessoas na casa ganhassem acima do teto em 2010.
Segundo o TCU, o número só aumentou nos últimos anos e a
estimativa é que mais de 3 mil servidores já estivessem com salários acima do
teto.
De acordo com ele, anualmente serão economizados R$ 600
milhões com a decisão do TCU, que também determinou outras mudanças na forma de
gratificações e investigações sobre verbas pagas irregularmente.
Depois de anunciar que 464 servidores teriam que devolver
aos cofres públicos o dinheiro recebido acima do teto constitucional de
salário, o Senado decidiu ontem sustar o ressarcimento até que o TCU tenha uma
posição final sobre o caso.
Segundo o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), a
suspensão da devolução obedece decisão do próprio TCU - que teria acolhido
liminar do Ministério Público com efeito suspensivo do recolhimento do
dinheiro.
Com o não pagamento dos supersalários, o Senado Federal deve
economizar R$ 3,3 bilhões nos próximos cinco anos.
Fonte: Diário do Nordeste
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Fonte: Diário do Nordeste
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