ALESSANDRA HORTO
O DIA - 24/03/2014
Segundo a liderança dos docentes das universidades federais,
a palavra de ordem da categoria é protestar
Rio - Diante da intransigência do governo em negociar —
segundo a liderança dos docentes das universidades federais —, a palavra de
ordem da categoria é protestar. A decisão foi tomada pela direção do Andes-SN
(Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior), após
reunião de representantes do Fórum das Entidades Nacionais do Serviço Público
Federal com integrantes da Secretaria de Relações do Trabalho do Planejamento
na última semana.
Presidenta do Andes-SN, Marinalva Oliveira declarou que o
Executivo segue inflexível com os trabalhadores, mas não com o empresariado:
“Nosso caminho é ir para a luta de forma unificada. Esse governo precisa nos
respeitar e o nosso respeito buscaremos nas ruas, mostrando a força da nossa
mobilização, pois é assim que temos feito e foi assim que já conseguimos fazer
com que eles nos ouvissem.” O movimento grevista tem por tradição o apoio dos
alunos, mesmo quando atrasa o calendário acadêmico.
Segundo representantes sindicais que participaram da reunião
com o Planejamento, o Executivo foi “explícito ao informar que o governo
entende que há um acordo vigente, firmado em 2012 com várias categorias do
funcionalismo, e que não irá negociar, nem a pauta específica das categorias
nem a unificada dos servidores públicos federais, e que não há margem
orçamentária para revisão do acordado”.
É a pauta acordada com a União que traz a categoria de volta
às ruas. Pois alguns pontos não avançaram em 2013, como, por exemplo, autonomia
universitária, reestruturação do plano de cargos e salários e melhorias das
instalações.
Uma reunião que vai acontecer na sede do Andes-SN em
Brasília, no fim do mês , vai definir a data de início da greve da categoria. É
provável que a paralisação ocorra a partir de abril.