Alessandra Horto
O Dia - 27/12/2015
Contrária ao projeto, Condsef lutará no primeiro trimestre
de 2016 para que medida não seja aprovada
Rio - A iniciativa do governo federal de extinguir o abono
permanência — bônus concedido a quem continua trabalhando mesmo quando poderia
se aposentar — está na mira do funcionalismo federal. A Condsef (Confederação
dos Trabalhadores no Serviço Público Federal), representante de 80% dos
servidores federais, já se posicionou contrária à projeto e vai lutar no
primeiro trimestre do próximo ano para que a medida não seja aprovada no
Congresso.
“São projetos considerados prejudiciais e que merecem a
nossa atenção. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 139/2015 propõe o fim
ao abono. Se for aprovada, serão 101 mil servidores qualificados que poderão
deixar de atender à população brasileira, somente na esfera federal. A medida
pode ainda trazer impactos negativos para os estados e os municípios”, defendeu
a Condsef por meio de nota.
A situação ainda se agrava já que a presidente Dilma
Rousseff sancionou a nova idade compulsória do funcionalismo federal. Com isso,
os servidores sairão obrigatoriamente do serviço público aos 75 anos.
Anteriormente era 70. Para representantes da Condsef, com o fim do abono
permanência, os servidores não terão mais estímulo para continuar na ativa e
com isso irão deixar os postos de trabalho quando obtiverem as garantias
burocrática para isso.