Agência Brasil
- 06/07/2016
O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, disse hoje (6)
que o reajuste dos servidores públicos federais não afetará a relação entre a
folha de pagamento da União e o Produto Interno Bruto (PIB), que se manterá
estável mesmo com a concessão dos aumentos.
Em reunião conjunta da Comissão de Assuntos Econômicos e da
Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, o ministro afirmou que os
gastos da União com pessoal se manterão em 4,1% do PIB nos próximos anos.
A CCJ tem marcada para a tarde desta quarta-feira a votação
definitiva do reajuste de 16 categorias do funcionalismo federal. A estimativa
do Planejamento é de que, se aprovados, os aumentos tenham impacto fiscal de R$
62,7 bilhões até 2018, quando a folha de pessoal da União deverá ser 8,2% maior
do que a atual.
“Isso não é pouco, mas eu diria que é razoável, é um valor,
diante do histórico que nós tivemos, diante do fato de que já há um processo de
ajuste dessa despesa há vários anos”, razoável, afirmou Dyogo. “É um impacto
razoável em termos do que estamos trabalhando em ajuste fiscal”, acrescentou.
O ministro voltou a afirmar que os reajustes já estão
previstos na Lei de Orçamento Anual (LOA) de 2016. Além de ressaltar o processo
histórico que embasou as negociações com as categorias, Dyogo mostrou dados de
que, nos últimos anos, as carreiras federais tiveram uma média de reajustes
abaixo da inflação e da média do setor privado.
Em sua apresentação, Dyogo Oliveira não considerou o impacto
no Orçamento dos estados da elevação dos rendimentos dos ministros do STF, cujo
projeto também está na pauta de hoje da CCJ. A aprovação da medida, uma das que
enfrentam maior resistência entre os senadores, pode gerar um efeito cascata
por servir de teto constitucional para os provimentos de servidores públicos