Jornal de Brasilia
- 07/11/2017
Uma semana depois de o governo enviar ao Congresso uma
medida provisória adiando o reajuste do funcionalismo, parlamentares tentam
manter o aumento de várias categorias, como policiais federais, professores e
auditores da Receita Federal. Deputados e senadores já apresentaram 119 emendas
à comissão mista criada para analisar a MP 805, que propõem, entre outras
alterações, excluir pelo menos 17 categorias do congelamento de salários
pretendido pelo governo. O prazo para emendas s e encerrou à meia-noite de
ontem.
Há ainda propostas para encurtar a postergação proposta para
2019 em seis meses e até de cancelar o adiamento do aumento para todos os
servidores. A MP 805 também prevê outras medidas, como o aumento da
contribuição previdenciária dos servidores que ganham mais de R$ 5,5 mil de 11%
para 14%. Foram apresentadas várias emendas para retirar a previsão de aumento
da contribuição previdenciária da MP. Ainda não foi definido quem será o relator
na comissão - é a ele que caberá negociar e decidir quais emendas serão
acolhidas. Foram apresentadas várias emendas excluindo diferentes categorias da
MP.
O senador Humberto
Costa (PT-PE), sozinho, apresentou mais de 20 emendas O deputado federal Hugo
Leal (PSB-RJ) e o senador José Medeiros (PODE-MT) apresentaram emendas para
manter o reajuste salarial de policiais federais e rodoviários. Já a senadora
Angela Portela (PDT-RR) apresentou emenda que elimina toda a medida, ao lado de
outra que quer manter o reajuste de professores do ensino federal. Paulo Rocha
(PT-PA) propõe a exclusão dos auditores da Receita Federal do congelamento,
enquanto a Erika Kokay (PT-DF) pede que seja mantido o aumento para as
carreiras jurídicas, como a Advocacia Geral da União.
119 Emendas já foram apresentadas