Agência Brasil
- 17/07/2018
O aplicativo do Banco de Talentos, plataforma digital do
Governo Federal para registro do currículo dos servidores, já está disponível
no serviço Google Play, mas por enquanto apenas para cadastro de informações.
Segundo o Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, “em breve” será
lançada a versão do aplicativo na App Store da Apple e, ainda neste ano, as
funcionalidades para seleção de servidores ficarão disponíveis.
No início deste mês, o ministério publicou a Portaria nº
193, com o objetivo de facilitar a realocação de servidores e empregados
públicos entre órgãos federais. A medida alcança funcionários civis que atuam
no Poder Executivo e empresas públicas controladas pelo governo federal. Agora
cabe ao próprio ministério o poder de gerenciar e autorizar ou não todos os
processos de transferência de funcionários.
O Banco de Talentos tem o objetivo de facilitar essa
movimentação, com inserção de informações profissionais pelos servidores. Essas
informações podem ser usadas no processo de movimentação de pessoal entre
órgãos e estatais. Esse banco ficará disponível para consulta pelos próprios
órgãos interessados em determinado tipo de perfil funcional.
Na versão atual do Banco de Talentos, o servidor poderá
incluir seus dados pessoais, formação, atuação profissional, talentos e uma
carta de apresentação. Segundo o ministério, uma funcionalidade de pesquisa
será incluída na próxima atualização do aplicativo, que está prevista ainda
para 2018. Assim, será possível encontrar currículos e selecionar perfis a
partir do Sigepe Banco de Talentos.
No aplicativo, não há a opção de excluir o currículo.
Segundo o ministério, futuramente, o servidor e sua chefia poderão optar por
permitir a utilização das informações apenas para proporcionar oportunidades de
desenvolvimento, sem acesso livre aos dados por outros órgãos.
Na atual versão de lançamento do aplicativo, o servidor
público federal ativo ou aposentado terá acesso apenas ao seu próprio
currículo. Nas próximas versões, o acesso às informações constantes dos
currículos poderá ou não ser liberado para os demais servidores públicos
federais, ativos ou aposentados, a depender do interesse do próprio servidor e
de sua chefia.
Ao baixar o aplicativo e fazer login, caso o servidor tenha
currículo hospedado na plataforma Lattes, algumas informações serão preenchidas
automaticamente no Banco de Talentos. As informações poderão ser ajustadas. As
duas plataformas são integradas, com atualização automática quando uma delas é
modificada.
O acesso ao Banco de Talentos é por meio da senha Sistema de
Gestão de Acesso do Ministério do Planejamento (Sigac) ou de biometria para os
dispositivos móveis cadastrados com a funcionalidade.
Segundo o ministério, o objetivo do Banco de Talentos é
“tornar mais transparente os processos internos de seleção de servidores para
funções e cargos comissionados e permitir uma visão integrada da força de
trabalho do governo federal”. “Além disso, os órgãos e entidades poderão
utilizar as informações divulgadas no Banco de Talentos para identificar e
promover ações de desenvolvimento e qualificação do serviço público. A
ferramenta está disponível para todos os servidores públicos federais”, disse o
órgão, em nota.
O ministério informou ainda que nenhum servidor mudará de
órgão “à revelia”. “Pelo contrário, este órgão central de gestão de pessoas
concentra seu foco na eficácia dos processos de recrutamento e seleção,
considerando todas as partes interessadas (demandante, servidor e unidade
cedente)”, disse.
No site do ministério, é possível conferir perguntas e
respostas sobre o Banco de Talentos e a portaria de movimentação de servidores.
Gestão centralizada de inativos
A facilidade para realocar serrvidores vai permitir ao
ministério centralizar operações de concessões e pagamentos de benefícios de
aposentadorias e pensões. Existem atualmente 400.067 aposentados e 240.445
pensionistas. “O projeto prevê a reorganização dos processos a partir de ações
de padronização e informatização. Com isso, vamos especializar os servidores,
resultando, no futuro, na redução da quantidade necessária de pessoas para
atuar no setor. Além disso, a centralização vai permitir um planejamento melhor
do orçamento”, diz o ministério.
Atualmente são 21 mil funcionários, em mais de 200 órgãos,
para cuidar de ativos e inativos. Com a gestão centralizada dos inativos, o
ministério estima redução nas áreas de gestão de pessoas em 50%, com a
consequente realocação dos servidores.