segunda-feira, 28 de outubro de 2019

Dia do Servidor: categoria enfrenta momento de maior apreensão


Metrópoles     -     28/10/2019




Trabalhadores dos Executivos federal e local acompanham com receio a sinalização da reforma administrativa de Bolsonaro

Na primeira comemoração do Dia do Servidor durante a gestão de Jair Bolsonaro (PSL), representantes de várias categorias, tanto da esfera federal quanto da local, receberam com preocupação as sinalizações feitas pelo Palácio do Planalto, que devem atingir em cheio o funcionalismo.

Embora ainda não esteja formulada, a reforma administrativa é a atual prioridade do governo federal, depois da aprovação da nova Previdência. Dentre outros itens, a pauta deve ameaçar a estabilidade, reduzir salários, alterar jornadas de trabalho, além de reformular o “RH do Estado”, o que também resultará em impacto direto no Distrito Federal.

Recentemente, em viagem oficial a Abu Dhabi, o presidente revelou a intenção de tirar a estabilidade de novos servidores a partir da aprovação da proposta, um dos motivos da apreensão dos funcionários públicos, embora a medida não atinja quem já integra o quadro.

“A gente vê prefeituras, estados — a União nem tanto, ultimamente — que exageram nas contratações. Não pode um prefeito ou um governador pegar um estado inchado pela administração anterior”, justificou o chefe do Executivo nacional. E reafirmou: “Para os novos, apenas. Não queremos causar um trauma junto aos servidores que, em grande parte, exercem um trabalho muito bom”, afirmou Bolsonaro.

O Metrópoles conversou com representantes de diferentes carreiras públicas federais e distritais. De forma unânime, criticaram o discurso bolsonarista, o qual classificam como tentativa de colocar em posições antagônicas os trabalhadores do Estado e a população.

Mobilizada para protestar contra as medidas federais nesta quarta-feira (30/10/2019), a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef) critica o que considera uma “tentativa” de criminalizar o funcionalismo.

“Quando o governo apresenta essa quantidade de propostas para desmontar o serviço público, ele demonstra não ter proposta de gestão. Mostra números fictícios e uma série de instrumentos a fim de colocar a população contra os servidores. Quando não há projeto, utilizam o funcionalismo público como toalha para enxugar os gastos públicos”, afirmou Sérgio Ronaldo da Silva, secretário-geral da entidade.

Enxugamento

Segundo o sindicalista, o ministro da Economia, Paulo Guedes, causa apreensão em todas as categorias ao sustentar o discurso de...



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