terça-feira, 7 de junho de 2011

Servidores administrativos da PF paralisam atividades na quarta-feira


Blog do Servidor Público Federal     -     07/06/2011



Os servidores do Plano Especial de Cargos da Polícia Federalirão paralisar suas atividades em todo país durante a próxima quarta-feira (8), em protesto contra a crescente terceirização de postos de trabalho no órgão. A manifestação irá atingir os serviços de suporte à atividade policial, afetando também o funcionamento de setores de atendimento ao público, como o cadastro de porte de armas, controle de produtos químicos, emissão de passaportes e atendimento a estrangeiros.

Relatório de despesas produzido pela Diretoria de Administração e Logística Policial da PF mostra que em 2010 a PF manteve contrato com 4.770 funcionários terceirizados, gerando custo mensal de R$ 10.139.015,51 para o órgão. De acordo com os dirigentes do SINPECPF, a maioria destes profissionais é contratada de forma regular, mas acaba sendo desviada para postos que, conforme determina a lei, deveriam ser exclusivamente preenchidos por servidores de carreira da Polícia Federal. A prática foi recentemente denunciada por reportagem de capa da revista ISTOÉ, que descreveu o processo como “privatização da Polícia Federal”.


Ainda segundo os dirigentes do sindicato, a PF opta pela terceirização para suprir a carência de servidores administrativos, que deixam o órgão em função dos baixos salários – em média quatro vezes menor do que o devido aos policiais do órgão. Hoje, a Polícia Federal conta com 2.656 servidores administrativos na ativa, contra 12 mil servidores policiais, resultando em uma proporção de quatro policiais para cada administrativo. Para efeito de comparação, no FBI, a polícia federal norte-americana, a proporção é inversa, com três servidores administrativos para cada policial.

Os servidores administrativos argumentam ainda que a reestruturação da carreira traria benefícios para o combate ao crime organizado, pois permitiria o retorno de diversos policiais atualmente lotados em funções burocráticas às operações investigativas. “Não há sentido em fazer concursos para cargos policiais e deslocar estes profissionais da atividade fim para a atividade meio apenas para suprir a carência de servidores administrativos. Melhor seria reestruturar nossa carreira”, pondera Leilane.

Fonte:  Agência Fenapef com Diref



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