Blog do Servidor Público Federal - 03/08/2011
Categoria aprovou continuidade da paralisação por unanimidade em assembleia que contou com apoio da ADUnB
O presidente da Associação dos Docentes de Brasília (ADUnB), Ebnezer Nogueira, esteve na assembleia dos servidores técnico-administrativos na manhã desta terça-feira para manifestar apoio à paralisação da categoria, que já dura 56 dias. Após uma hora de debate, os funcionários decidiram, por unanimidade, manter a greve. Cento e setenta e quatro servidores assinaram o livro de presenças e cerca de oitenta deles permaneciam na praça Chico Mendes quando a votação aconteceu, às 11h30.
“Vim demonstrar meu apoio e dizer que estamos tentando auxiliar ao máximo”, disse Ebnezer. O presidente da ADUnB não descarta a possibilidade de que os professores engrossem o movimento dos técnicos. O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) se reuniu com representantes da Secretaria de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento na tarde desta terça-feira para discutir pauta de reivindicações da categoria. A Andes fará ainda neste final de semana balanço de assembleias que acontecem em universidades de todo o país para discutir reajuste salarial e plano de carreira. “A direção da Andes está sinalizando para a construção de um movimento que pode apontar para uma greve”, acredita Ebnezer.
PRAZO – Entre as reivindicações dos técnicos, está o reajuste do piso salarial em pelo menos três salários mínimos. Os servidores tentam garantir a negociação com o governo federal até o próximo dia 31, quando o Executivo encaminha ao Congresso Nacional a Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2012. "Precisamos intensificar o movimento para garantir na LDO o aporte de recursos suficientes para atender às reivindicações salariais da categoria”, defendeu Maurício Sabino, integrante do comando de greve na UnB.
Após a assembleia, os servidores fecharam a entrada principal do Restaurante Universitário. Segundo o sindicato, o acordo com a Reitoria para reabrir o RU foi de que seriam mantidos o café da manhã e o jantar dos alunos de baixa renda, mas somente pela entrada de trás. Já a Biblioteca, fechada desde o início da greve, deve reabrir no próximo dia 8, com o trabalho de bolsistas e terceirizados.
No próximo dia 11, os servidores farão marcha nacional em Brasília. Além da UnB, estão em greve outras 43 universidades federais.
Fonte: UnB Agência