Folha de S. Paulo
- 25/07/2012
BRASÍLIA - Agentes, escrivães
e papiloscopistas da Polícia Federal fazem nesta quarta-feira (25) um protesto
pela saída do atual diretor-geral do órgão, Leandro Daiello.
Segundo organizadores do movimento, cerca de 300 servidores
foram à sede da Polícia Federal na manhã de hoje para pedir uma reestruturação
da carreira eles alegam que as demandas já foram levadas a Daiello, mas que
não foram encaminhadas ao Executivo.
"Nesses últimos 18 meses nós tentamos de todas as
formas um contato mais próximo para que ele pudesse atender as reivindicações
dos não-delegados, porém ele só vem pisoteando as demais categorias",
afirma Jones Leal, presidente do Sindpol-DF (Sindicato dos Policiais Federais
no Distrito Federal).
A assessoria de imprensa da PF informou que não vai se
manifestar sobre o protesto.
Leal afirma que a categoria lotada na capital fará um dia de
paralisação, mas prevê um "movimento mais radical" caso o governo não
apresente uma proposta até o final deste mês.
"O governo já falou que entende nosso pleito, que houve
um erro na tratativa do nosso salário, mas que no momento está difícil a
atualização em razão da crise mundial."
Segundo ele, o salário inicial desses servidores é de R$
7.200 e a categoria pede uma remuneração de cerca de R$ 11 mil.
O presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais,
Marcos Vinício Wink, também critica a atual gestão.
"Queremos um diretor-geral que tenha capacidade de
gerenciar as disputas internas. Há muitas brigas entre grupos", afirma.
Daiello era superintendente da Polícia Federal em São Paulo
quando assumiu o cargo, no início da gestão da presidente Dilma Rousseff.
Os servidores seguem agora para o Ministério da Justiça,
onde pretendem fazer um enterro simbólico do diretor-geral.