Autor(es): Larissa Garcia
Correio Braziliense - 08/06/2011
Categoria se une ao protesto nacional, mas assegura que manterá os serviços essenciais.
Mais uma categoria entrou na onda de greves que tomou o país. Os técnicos administrativos da Universidade de Brasília (UnB) aderiram ontem à paralisação das universidades federais, deflagrada na segunda-feira. Ao todo, 16 estados participam do movimento. Os funcionários reivindicam o piso de três salários mínimos. Atualmente, eles recebem R$ 1.039 mensais no cargo, que exige nível médio. A Federação de Sindicatos de Trabalhadores em Educação das Universidades Brasileiras (Fasubra) garantiu que outros centros universitários deverão parar as atividades até o fim da semana.
A greve foi decidida em assembleia por unanimidade dos votos. “É um absurdo pagarem tão pouco a uma função de nível médio”, reclamou a coordenadora-geral do Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Universidade de Brasília (Sintfub), Eurides Pessoa. Ela explicou que serão mantidas atividades essenciais à população, como os hospitais universitários, alimentação e manutenção interna. “Também trabalharemos com o efetivo mínimo de 30%”, garantiu.
Além do reajuste do piso, a categoria exige a promoção dos aposentados até o último estágio da carreira e a unificação de funções e salários de funcionários que tenham atribuições semelhantes. Os representantes dos técnicos alegam que tudo isso faz parte do acordo feito com o governo que se seguiu à greve em 2007 e que não foi cumprido. Os funcionários se reunirão novamente na manhã da terça-feira que vem, na Praça Chico Mendes, no câmpus da UnB.
Entre as universidades federais que já aderiram à greve, estão a do Rio Grande do Sul (UFRGS), a de Pernambuco (UFPE), a rural de Pernambuco (UFRPE), a de Santa Catarina (UFSC), a do Rio Grande do Norte (UFRN), a de Tocantins (UFT) e a de São Carlos (UFSCAR).