ALINE SALGADO
O DIA - 02/08/2011
Deputados e economistas vão checar cálculos e se houve aplicação
de percentual arbitrário
Rio - Os 420 mil servidores do Executivo Federal já podem
conferir em quanto ficaram os reajustes salariais que serão aplicados a partir
de julho do ano que vem. As tabelas, que já chegaram à Camara dos Deputados sob
projeto de lei, trazem os aumentos de até 31% sobre a gratificação de
desempenho.
Economistas do Dieese devem ainda checar se os números
apresentados no projeto de lei seguem à risca os termos de ajustes do acordo. A
desconfiança envolve, especialmente, a tabela de reajuste dos servidores do
PGPE, que chegou à Câmara sem antes ser repassada à Confederação Nacional dos
Servidores Federais (Condsef).
Uma vez que a tabela não segue percentual fixo, como os
cargos de Nível Intermediário (acréscimo de R$ 211) e Auxiliar (reajuste de R$
105), a confederação teme que tenha sido aplicado índice arbitrário no cálculo
do aumento de profissionais de Nível Superior, escalonados no meio da tabela.
Isso porque o acordo determinou apenas valores do teto, que passou a R$ 7 mil,
e do piso, R$ 4.884,22.
Foram contemplados servidores de 12 carreiras dos seguintes
órgãos: FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação); Inep (Instituto
Nacional de Desenvolvimento da Educação); Ciência e Tecnologia, Inmetro,
Tecnologia Militar, PGPE (Plano Geral de Cargos do Poder Executivo); CPST
(Carreira da Previdência, Saúde e Trabalho) e correlatas.