Agência Brasil
- 18/05/2012
Brasília – Professores de 33 universidades federais aderiram
à greve da categoria deflagrada hoje (17), de acordo com balanço do Sindicato
Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes). Os
profissionais pedem a reestruturação do plano de carreira e melhoria das
condições de trabalhos nos novos campi que foram criados nos últimos anos por
meio do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das
Universidades Federais (Reuni).
De acordo com Aloisio Porto, do Comando de Greve da Andes, o
atual plano de carreiras não permite um crescimento satisfatório do professor
ao longo da carreira. “Hoje para chegar no teto da carreira ele levaria quase
30 anos”. De acordo com o dirigente sindical, foram feitas mais de dez reuniões
com o Ministério do Planejamento para revisão dos planos, mas não houve avanço
na negociação. Assembleias marcadas para amanhã e para o início da próxima
semana devem confirmar a adesão de professores de outras instituições à
paralisação, segundo Porto.
O Ministério da Educação (MEC) informou, por meio de nota,
que “reafirma sua confiança no diálogo e no zelo pelo regime de normalidade das
atividades dos campus universitários federais”. O governo ressalta que o
aumento de 4% negociado no ano passado com os sindicatos já está garantido por
medida provisória assinada no dia 11 de maio. O aumento será retroativo a
março, conforme previsto no acordo firmado com as entidades.
“Com relação ao plano de carreira, a negociação prevê sua
aplicação em 2013. Os recursos devem ser definidos na LDO [Lei de Diretrizes
Orçamentárias] até agosto deste ano, o que significa que temos tempo. As
negociações entre o Ministério do Planejamento e as representações sindicais
seguem abertas”, explicou o MEC.