BSPF - 23/02/2018
Reunidos nos dois principais fóruns que unificam o conjunto
dos servidores federais (Fonasefe e Fonacate), representantes da categoria
foram ao Ministério do Planejamento na segunda-feira, 19, dia da Greve Geral
contra a reforma da Previdência. O objetivo, além do protesto contra a reforma
que terminou retirada da pauta de votação ao menos este ano, foi protocolar
ofício com reivindicações comuns aos servidores. No centro das demandas está a
cobrança pela revogação da famigerada Emenda Constitucional (EC) 95/16, que
congela investimentos públicos pelos próximos vinte anos. As entidades
conseguiram agendar uma reunião no Planejamento para o próximo dia 2 quando a
intenção é dar início a um processo de negociações da pauta protocolada. VEJA
AQUI a pauta completa.
Entre os eixos está também uma campanha contra o desmonte
dos órgãos públicos e a luta pelo direito à negociação coletiva no setor
público. A revogação da reforma Trabalhista e a continuidade da luta contra a
reforma da Previdência também mobilizam servidores federais em todo o Brasil.
Os servidores cobram ainda o cumprimento de acordos firmados em processos de
negociação de anos anteriores e ainda não cumpridos, pleiteiam correção
salarial com aplicação de índice de 25,63% calculados pelo Dieese como perdas
sofridas pela categoria.
A extensão dos índices da Lei 13.464/17 para todos os
servidores federais é outro destaque da pauta de reivindicações dessa campanha.
A aplicação do mínimo de 50% per capita da União para manutenção de planos de
saúde dos servidores e seus dependentes também não ficou de fora das pautas,
bem como cobrança de isonomia nos benefícios, como auxílio alimentação, entre
os poderes.
O objetivo é seguir garantindo o reforço da unidade em torno
da pauta específica dos federais e das pautas que unificam toda classe
trabalhadora. “A luta de um é a luta de todos”, resume Sérgio Ronaldo da Silva,
secretário-geral da Condsef/Fenadsef. “Nós e nossas filiadas seguiremos nessa
trincheira lutando por nossos direitos e avanços necessários para que o Brasil
se veja livre da crise profunda em que foi mergulhado”, defende.
Com informações da Condsef/Fenadsef