BSPF - 05/03/2018
O primeiro encontro entre as representações do Fórum
Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate) e do Fórum das
Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) com o
secretário de Gestão de Pessoas, do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento
e Gestão (MP), Augusto Chiba, na última sexta-feira, 2 de março, terminou sem
perspectivas alvissareiras quanto às demandas levadas à mesa pelo
funcionalismo. Muito pelo contrário, na verdade. De certo, apenas a
persistência da escalada de precarização sobre a categoria.
O risco de RH e a defasagem remuneratória, que acometem em
grande escala a Administração Pública Federal, tende a se perpetuar no que
depender do governo. Segundo Chiba, apenas 20% dos pedidos de concurso para
suprimento de cargos vagos foram autorizados. Quanto à política salarial,
frente às consecutivas perdas inflacionárias, o representante do Executivo
acenou negativamente a qualquer pleito do funcionalismo. Além da ausência de
providências que atenuem o desmanche dos serviços público em curso, a falta de
cumprimento de parte dos acordos firmados com a classe também foi jogada na
conta do momento fiscal pelo qual passa o país.
Conforme noticiado na imprensa e repercutido na edição 40 do
Apito Brasil, na última semana, o secretário confirmou que a proposta que cria
um “carreirão”, rebaixa salários iniciais e eleva a quantidade de níveis para
progressão funcional de centenas de carreiras já está sob análise da Casa
Civil. Os interlocutores de Fonacate e Fonasefe tacharam a medida de
“retrocesso”, não pouparam críticas à falta de diálogo do Planejamento com os
servidores e, desde já, anunciaram o levante contra o projeto durante a
tramitação no Legislativo. Discussão sobre o assunto e possíveis estratégias de
enfrentamento estarão em pauta durante assembleia das afiliadas ao Fonacate,
marcada para esta terça-feira, 6.
Após o encontro com o representante do MP, o clima entre as
entidades sindicais é de apreensão. Apesar do restabelecimento dos diálogos com
o governo, 2018 apresenta uma série de desafios, que só serão superados sob
forte mobilização unificada. Fique atento. Juntos somos mais fortes!
Fonte: SINAL