quinta-feira, 18 de julho de 2019

Ministério de Ciência e Tecnologia pede pessoal


Jornal do Senado     -     18/07/2019




Ministério tem um terço de cargos vagos, diz diretor Em audiência sobre a crise orçamentária e a de pessoal na área científica, diretor da pasta de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações afirmou que 1,5 mil postos estão desocupados

O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações tem atualmente 1,5 mil cargos vagos, o que equivale a um terço dos cargos existentes no órgão, informou ontem o diretor de Governança Institucional da pasta, Johnny Ferreira dos Santos, na Comissão de Ciência e Tecnologia (CCT). A audiência debateu a crise orçamentária e a de pessoal na área científica e tecnológica. — Hoje, se o Ministério da Economia nos autorizasse um concurso, eu nem precisaria criar cargos — afirmou.

Segundo Santos, apenas 18% dos cargos estão na administração central do ministério. O restante está nas 16 unidades de pesquisa. No entanto, 60% dessa força de trabalho está acima dos 51 anos, com muitos servidores próximos da aposentadoria. — Isso é extremamente preocupante, porque o impacto está sendo maior justamente nas unidades de pesquisa — relatou. O diretor disse ainda que de 2012 a 2019 houve o ingresso de 573 profissionais, mas 1.196 servidores se aposentaram, gerando um deficit de 623 funcionários. O contingenciamento também preocupa os representantes do setor.

O presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Ildeu Moreira, afirmou que é um “tiro no pé” tirar recursos da área de ciência e tecnologia. A audiência pública foi requerida pelo senador Izalci Lucas (PSDB-DF). Segundo o senador, que criou a Frente Parlamentar de Ciência, Tecnologia e Inovação para defender projetos que beneficiem o setor, é preciso popularizar a ciência e contratar novos pesquisadores.

Ele propôs repetir a audiência na Comissão Mista de Orçamento (CMO). O presidente da CCT, Vanderlan Cardoso (PP-GO), defendeu investimentos em pesquisa. Ele disse que participou de um congresso de telecomunicações na Espanha, no início do ano, e lá percebeu atrasos do Brasil em áreas como a energia termossolar. — Estamos atrasados em pesquisa e desenvolvimento. E audiências como esta servem justamente para refletirmos sobre isso.


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