INSS anuncia contratação de terceirizados na semana que vem, para cumprir decisão judicial. Categoria prepara contraproposta
A Justiça Federal impôs ao INSS essa medida, para que o período entre o agendamento e a avaliação médica dos segurados não ultrapasse 15 dias. Segundo ele, o déficit de perícias atinge 400 mil, desde o início da greve, em 22 de junho, mas pode até ser maior. Gabas classificou como imoral a proposta dos peritos, de alteração da jornada de 40 horas para todos os médicos.
Hoje, há somente 300 trabalhando por 30 horas (o que precisa ser autorizado pelo INSS). Os mais antigos têm jornada de 20 horas semanais e 4.600 mais novos são de 40 horas. Esse é o impasse: médicos querem trabalhar no atendimento por seis horas e fazer outra coisas nas duas horas restantes, mas sem número mínimo de perícias a fazer. O governo entende que é possível fazer uma avaliação médica entre 15 e 20 minutos, ou seja, 18 por dia.
O ministro anunciou reunião na segunda-feira, com a Federação Nacional dos Médicos (Fenam), que não organizou a greve. A Associação Nacional de Médicos Peritos (ANMP) reivindica esse papel e foi convidada pela Fenam para uma reunião hoje. A associação deverá pedir que a federação só participe da negociação como parceira, não como tutora. Ontem, em assembleia, a ANMP debateu muitas propostas, de intensificar a greve à desistência. Por fim, algumas delas serão colocadas em votação eletrônica a partir de hoje até segunda-feira.