O Globo - 14/08/2016
A notícia de que os professores da rede estadual decidiram
tirar férias este mês e só repor a partir de setembro as aulas perdidas durante
quase cinco meses de paralisação aponta para a necessidade urgente de
regulamentação do direito de greve dos servidores públicos, garantido pela
Constituição de 1988, mas ainda objeto de interpretações diversas por parte da
Justiça. A decisão - tom ada uni lateralmente pelo Sindicato Estadual dos Profissionais
de Educação - causa prejuízos irrecuperáveis aos alunos.
A greve, por si só, já traz enorme dano aos estudantes,
visto que a aprendizagem é processo gradativo e permanente, pressupondo assim
um calendário. Se a reposição das aulas, quando há, é incerta, o problema só se
agrava.
Não menos dramática é a situação de pacientes da rede
pública de saúde em paralisações que - ainda que não fechem as emergências -
exigem a remarcação de exames e consultas acertados há meses, o que pode
significar uma sentença de morte. Ou ainda de segurados, em caso de greve de
funcionários da Previdência. A paralisação dos...
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