Karla Correia
Correio Braziliense
- 10/12/2011
Não bastasse a lista extensa de PECs que exigem quórum
qualificado e dois turnos de votação para serem aprovadas, o governo espera
levar ao plenário o projeto que faz uma reformulação radical no regime de
Previdência do funcionalismo público federal. Para tanto, o governo terá que
enfrentar ao menos dois grandes obstáculos: a obstrução ensaiada pela bancada
oposicionista e o impasse, dentro da base aliada, em torno da alíquota de
participação da União no fundo de pensão. Parte da base pressiona por uma alíquota
de 8,5%. O governo resiste a elevar sua proposta original, de 7,5%.
Vaccarezza admite a possibilidade de acordo em torno de uma
alíquota de 8% e diz ver um horizonte tranquilo para a aprovação do fundo na
Câmara. “Nunca vi uma votação envolvendo Previdência ser tão fácil como essa”,
diz o líder. “Esta é uma prioridade do governo e queremos votar neste ano, mas
também não é uma sangria desatada.”