Diario de Pernambuco
- 26/01/2016
Categorias que não tiveram negociações salariais fechadas em
2015 agora batem à porta do Ministério do Planejamento com greves e protestos
As negociações salariais com os servidores públicos federais
não concretizadas em 2015 continuam assombrando o governo. Neste ano, protestos
e paralisações batem mais cedo às portas do Ministério do Planejamento. São
cobranças de antigos acordos que, à primeira, vista foram desprezados. Os
auditores fiscais do trabalho estão em estado de greve desde agosto.
Os analistas tributários da Receita Federal – lidam diretamente com o contribuinte pessoa física – cruzarão os braços hoje e amanhã. Os advogados públicos federais e os analistas e especialistas em infraestrutura, ameaçam seguir o mesmo caminho até o final do mês. A situação na Receita Federal é a mais grave por conta da disputa interna entre analistas e auditores.
Os analistas tributários da Receita Federal – lidam diretamente com o contribuinte pessoa física – cruzarão os braços hoje e amanhã. Os advogados públicos federais e os analistas e especialistas em infraestrutura, ameaçam seguir o mesmo caminho até o final do mês. A situação na Receita Federal é a mais grave por conta da disputa interna entre analistas e auditores.
De acordo com a presidente do Sindireceita (representa os
analistas), a categoria – recusou a proposta de 27,9% de reajuste, em quatro
anos – fará os dois “Dias de Vigília”, para demonstrar indignação com o
discurso do secretário Jorge Rachid, que defende, disse, apenas a classe a que
pertence, a dos auditores. “Não levou em conta as melhorias nas relações remuneratórias.
Ganhávamos o equivalente a 70% do que ganhavam os auditores, hoje estamos entre
56% a 59%. Não podemos aceitar”.
Para Claudio Damasceno, presidente do Sindicato Nacional dos
Auditores (Sindifisco), finalmente, na última reunião com o secretário de
Gestão de Pessoas e Relações de Trabalho (Segrt/MP), Sérgio Mendonça, “houve
avanço de pontos caros, como valorização do cargo, garantias e prerrogativas”.
Na semana passada, o governo oferceu reajuste de 21,3%, em quatro anos, e bônus
de eficiência de R$ 3 mil mensais, a partir de agosto, para equiparar os ganhos
dos auditores ao dos advogados federais – receberam honorários de sucumbência
no mesmo valor. Foi a partir do acordo com os advogados, que incluiu vários
outros benefícios, que a luz amarela foi acesa entre as carreiras de estado.
Mantêm o estado de mobilização permanente e não descartam
novos protestos, segundo Roberto Mota, presidente da União dos Advogados
Públicos Federais do Brasil (Unafe).
Rodolpho Salomão, presidente da Associação Nacional do
Analistas e Especialistas em Infraestrutura (Aneinfra), garante que a categoria
também está mobilizada. Se reunirá, hoje, em assembleia para organizar o
calendário de paralisações e manifestações. “Fomos a única categoria que sequer
recebeu uma proposta do Planejamento. Estamos dispostos a pressionar o governo
e exigir respeito”, disse Salomão.