BSPF - 02/06/2018
A Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público
Federal (Funpresp) fará uma licitação para contratar novos gestores de recursos
para os investimentos de seus beneficiários. O objetivo é adequar as carteiras
à adoção de estratégia baseada no perfil dos participantes.
A concorrência será realizada até o ano que vem, segundo o
presidente da Funpresp, Ricardo Pena. Serão selecionados gestores específicos
para renda fixa, renda variável, títulos privados, investimentos no exterior e
infraestrutura. As casas que fazem a gestão atualmente - Santander, Itaú
Unibanco e Banco do Brasil, entre outras - oferecem estratégias multimercados.
"Vamos criar perfis de investimento de acordo com o
ciclo de vida dos participantes", diz Pena.
Em operação desde 2013, a Funpresp tem cerca de 60 mil
servidores e administra planos de contribuição definida dos Poderes Executivo e
Legislativo federal. Hoje, a todos os investidores é oferecido o mesmo perfil
de risco - uma carteira com 96% de títulos públicos e o restante distribuído
entre renda fixa e variável. São justamente esses 4% que cabem aos gestores
externos.
Com a mudança, a Funpresp pretende estipular quatro perfis
de investimento, conforme a fase da vida em que o servidor se encontra. A fundação
fará uma sugestão relacionando idade e propensão a risco, mas o participante
poderá escolher o que preferir. Conforme o perfil, a alocação em ativos de
maior risco irá de 0% a até 45%. É para estratégias de investimento nessa fatia
que os novos gestores serão selecionados.
"Queremos que os servidores tenham uma participação
mais ativa no acompanhamento de seus recursos", afirma Pena.
A ideia é levar a proposta ao conselho da fundação ainda
neste semestre e implementar a criação dos perfis de investimento em meados de
2019.
A Funpresp tem R$ 923 milhões sob gestão, sendo R$ 643
milhões dentro de casa e o restante, sob gestores terceirizados. A carteira
acumulou rentabilidade de 3,69% neste ano, até abril. A fundação espera chegar
a 68 mil participantes até dezembro, entre novos servidores e adesão dos que
estão em regime de benefício definido.
Por Talita Moreira
Fonte: Valor Econômico