Blog do Vicente
- 24/06/2016
Há uma clara disposição de servidores públicos de irem à
Justiça para cobrar o que pagaram a mais em empréstimos consignados para
sustentar o esquema de propina comandado por Paulo Bernardo, ex-ministro do
Planejamento de Lula. Segundo a Polícia Federal, cada servidor aposentado e da
ativa que tomou um financiamento com desconto em folha pagou R$ 1 por mês para
a quadrilha, totalizando R$ 100 milhões entre 2009 e 2015.
Os contratos de consignado eram gerenciados pela Consist. De
cada R$ 1 cobrado dos servidores por mês, R$ 0,30 efetivamente pagava a
operação e R$ 0,70 era para propina. As investigações da Operação Custo Brasil,
um desdobramento da Lava-Jato, indicam que Paulo Bernardo, que está preso,
embolsou R$ 7 milhões em propina. O esquema também irrigou o caixa do PT e
teria beneficiado Carlos Gabas, ex-ministro da Previdência e companheiro de
Dilma Rousseff em passeios de motos por Brasília.
Para a servidora aposentada Helena Silva, não há como o
funcionalismo aceitar, passivamente, os desvios de recursos por um esquema
criminoso. “Já consultei meu advogado. Vamos reunir o maior grupo possível de
servidores para cobrar do Planejamento o que nos tiraram ilegalmente”, diz.