BSPF - 30/04/2014
Greve está prevista para o dia 12 de maio e pode entrar pelo
período da Copa do Mundo
Brasília - Servidores da Cultura fizeram um protesto nesta terça-feira (29), em frente à
sede do Ministério da Cultura, na Esplanada dos Ministérios, com caixas de
som voltadas para o prédio, tocando música alta. Por volta das 11h50m, o
presidente da Associação dos Servidores do ASMIMC de Brasília, Angelo André
Carneiro Lima, chegou a fazer um apelo ao microfone, conclamando os colegas que
permanecem dentro do prédio a parar as atividades e vir à rua. A tentativa foi
em vão.
Os servidores do Ministério da Cultura reivindicam equidade
salarial com categorias que atuam na mesma área na esfera federal, como a
Agência Nacional de Cinema (Ancine) e a Casa Rui Barbosa. Segundo a
Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), a
diferença salarial chega a 111%, no caso de servidores de nível superior. Eles
querem também a criação de uma gratificação por titulação, o que hoje não
existe, segundo a confederação. Deste modo, um servidor com especialização
passaria a ganhar 30% a mais sobre o valor do salário-base; com mestrado 50%; e
com doutorado 70%.
— É o salário mais baixo do Governo Federal. As pessoas
fazem o concurso e depois vai todo mundo embora. A gente acaba pegando os
candidatos mais desqualificados — disse Sérgio de Andrade Pinto, técnico de
nível superior do Minc e membro do departamento de Educação e Cultura da
Condsef.
Segundo Sérgio, o Ministério da Cultura e demais órgãos
vinculados empregam 2,6 mil servidores no Brasil, dos quais 500 em Brasília.
Ele disse que nesta marcada está marcada reunião dos sindicalistas na
secretaria-executiva do Minc. No encontro, a categoria pedirá que os cargos de
confiança (DAS- direção e assessoramento superior) sejam preenchidos com
servidores de carreira. Desde 2010, segundo os sindicalistas, o Ministério do
Planejamento não negocia com a categoria.
— Existe um aparelhamento do Ministério por partidos, em
especial o Partido dos Trabalhadores.
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