Vera Batista
Correio Braziliense
- 18/07/2015
Governo e entidades representativas dos servidores públicos
federais se encontram na próxima segunda-feira para a primeira rodada de
negociação depois que a categoria rejeitou a proposta de reajuste de 21,3% em
quatro anos. Há expectativa de que o Ministério do Planejamento reduza o prazo
de desembolso e eleve o percentual proposto. "Conversamos com
interlocutores do governo e eles disseram que é viável um acerto para 2016 e
2017", informou Rudinei Marques, secretário-geral do Fórum Nacional
Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate).
As mesmas fontes, segundo ele, sinalizaram um provável
aumento no valor dos reajustes. Em vez dos 21,3% até 2019, a contraproposta do
Planejamento seria de 15% - 7,5%, em 2016; e 7%, em 2017. "Com a
instabilidade econômica em que vivemos, é difícil avalizar um acordo de quatro
anos", assinalou Marques.
Para Sérgio Ronaldo da Silva, secretário-geral da
Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef,
que reúne 80% do funcionalismo), há esperança de que o retorno do governo seja,
pelo menos, razoável. "Há muitos boatos em torno da reunião. Em 7 de
julho, deixamos claro, e por unanimidade, que não tem negociação por quatro
anos", disse.