O Tempo - 12/04/2020
Aprovação do corte para membros do Executivo, Legislativo e
Judiciário, nas esferas federal, estadual e municipal, criaria um caixa de
dezenas de bilhões de reais
O estado de calamidade aprovado em decorrência da pandemia
da Covid-19 levou o governo a editar medida permitindo a redução provisória de
até 70% no salário e na jornada na iniciativa privada, mas, até o momento, não
há movimentação na cúpula dos três Poderes para replicar o plano no
funcionalismo.
A aprovação do corte para políticos e servidores de
Executivo, Legislativo e Judiciário, nas três esferas (federal, estadual e
municipal), criaria um caixa de dezenas de bilhões de reais, mas, até o
momento, só há ações isoladas para isso.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), chegou a se
dizer aberto à discussão, mas recuou após o ministro Paulo Guedes (Economia),
temendo uma depressão na economia, se manifestar contra.
O valor de um corte em salário e benefícios de servidores
varia de acordo com os critérios a serem usados, sendo afetado ainda por uma
série de condicionantes, como a exclusão do setor da saúde, que está na linha
de frente no combate ao coronavírus, e de salários mais baixos.
Só no plano federal, dados do Siga Brasil mostram que
vencimentos e vantagens dos servidores ativos civis (excluídos 13º, férias e
Ministério da Saúde) somaram R$ 103 bilhões em 2019. Aplicando de forma geral
uma redução de 25% do salário e da jornada, por três meses (a possibilidade
mais branda reservada à iniciativa privada), haveria um caixa de R$ 6,4
bilhões.
Cálculo com base nos números do estudo "Atlas do Estado
Brasileiro", do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), que
inclui área militar e todos os benefícios e contribuições sociais, aponta para
algo em torno de...
Leia a íntegra em Redução de salários de servidores e políticos criaria caixa bilionário